A COP 16, que ocorre em Cali, Colômbia, coloca o Brasil em uma posição central nas discussões sobre a compensação financeira pela exploração de sua rica biodiversidade, que representa cerca de 15% da diversidade global. Com a exploração de biomas como a Amazônia por empresas internacionais, o Brasil busca garantir que os lucros derivados de seus recursos naturais sejam compartilhados de maneira justa. O evento reúne mais de 190 países, enfatizando a necessidade de um sistema que assegure a partilha equitativa dos benefícios gerados pela biodiversidade, especialmente diante do avanço de tecnologias que facilitam a exploração de substâncias naturais.
O Brasil, em parceria com nações como Colômbia e Indonésia, está liderando o debate para a criação de mecanismos que garantam remuneração justa pelo uso de seus recursos. Entretanto, potências industriais, como Estados Unidos e União Europeia, resistem a essas iniciativas, argumentando que poderiam dificultar inovações científicas. Esse conflito, que envolve valores significativos, pode impactar não apenas a preservação ambiental, mas também o equilíbrio econômico entre países ricos em biodiversidade e os que exploram esses recursos.
Durante a conferência, discute-se também como mobilizar recursos financeiros para que países em desenvolvimento possam atingir suas metas de conservação. Estima-se que serão necessários cerca de US$ 200 bilhões por ano até 2030 para financiar essas ações. A expectativa é que, ao final da conferência, o Brasil solidifique sua liderança nas discussões sobre biodiversidade e assegure mais recursos para a preservação de seus biomas, influenciando assim o futuro da biodiversidade global e a posição do Brasil como potência ecológica e econômica.