Em resposta à decisão de algumas empresas europeias de interromper a compra de soja brasileira, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reafirmou a robustez da legislação ambiental do Brasil, considerada uma das mais rigorosas do mundo. O Mapa destacou um sistema eficaz de monitoramento e fiscalização, que tem sido fundamental no combate ao desmatamento ilegal em regiões sensíveis como a Amazônia e o Cerrado, garantindo uma produção agrícola sustentável.
A Comissão Europeia, por sua vez, propôs adiar a implementação da nova lei antidesmatamento, o Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), de dezembro de 2024 para dezembro de 2025. Essa legislação impõe a exigência de que importadores europeus verifiquem suas cadeias de suprimento para assegurar que os produtos não sejam provenientes de áreas desmatadas. O Brasil considera essas normas como arbitrárias e unilaterais, argumentando que desconsideram as particularidades locais e afetam negativamente pequenos produtores.
O Mapa também ressaltou que as novas regras dificultam o acesso ao mercado europeu para produtos brasileiros e de outros países da América Latina e Ásia. Para o ministério, abordagens mais positivas e compensatórias seriam mais eficazes na proteção ambiental. O Brasil expressou sua disposição para colaborar em práticas comerciais justas e sustentáveis, solicitando ser tratado de forma equitativa nas relações comerciais internacionais.