O Ministério das Relações Exteriores do Brasil manifestou sua condenação aos ataques realizados por Israel contra a missão de paz da ONU no Líbano, a Unifil. O governo brasileiro descreveu a invasão de uma base da Unifil, ocorrida em 13 de outubro, como uma violação do direito internacional. Durante o incidente, tanques israelenses invadiram a base e disparos foram efetuados nas proximidades, resultando em ferimentos a cinco membros da missão. O Itamaraty enfatizou que ataques deliberados a missões de paz são inaceitáveis e configuram graves violações das normas internacionais.
Além da condenação, o Brasil criticou a solicitação do governo israelense para a retirada da Unifil do sul do Líbano e para o término das hostilidades. A missão de paz, estabelecida em 1978, tem como objetivos a manutenção da paz e da segurança na região, além de apoiar o governo libanês na restauração de sua autoridade e facilitar o retorno de civis deslocados. A posição brasileira reflete sua preocupação com a crescente violência na área e com o papel da ONU em garantir a segurança e a assistência humanitária.
Em meio ao aumento dos conflitos, o primeiro-ministro de Israel reiterou o pedido para que as tropas da ONU se afastem, alegando que essa seria a melhor forma de proteger o pessoal da Unifil. Em resposta, o secretário-geral da ONU ressaltou a importância de garantir a segurança das instalações da organização e lembrou que ataques a forças de paz podem constituir crimes de guerra. A situação no Líbano continua crítica, com a nova ofensiva israelense resultando no deslocamento de mais de 1,2 milhão de pessoas, enquanto os combates entre as forças israelenses e grupos armados libaneses se intensificam.