O Projeto Conservação Recifal alerta que o branqueamento dos corais, fenômeno causado pelo aquecimento dos oceanos, está colocando em risco a maior unidade de conservação marinha do Brasil. Recentemente, um levantamento realizado pela ONG revelou que 80% dos corais em uma área de proteção ambiental entre Pernambuco e Alagoas morreram nos últimos seis meses, abrangendo 130 km de litoral. O branqueamento ocorre quando os corais perdem microalgas essenciais para sua nutrição, o que os torna vulneráveis e expostos.
De acordo com especialistas, o fenômeno não é restrito ao Brasil. O ano de 2024 foi registrado como o mais quente do mundo, e outras regiões, como o Caribe e a Austrália, também enfrentaram situações similares de branqueamento, nunca antes vistas na história. A degradação acelerada desses ecossistemas marinhos evidencia a gravidade da situação e suas implicações para a biodiversidade marinha.
A morte dos corais representa não apenas uma perda de biodiversidade, mas também uma ameaça às cadeias alimentares que dependem deles, afetando diretamente a economia local. Estima-se que os corais mantenham cerca de 25% das espécies marinhas, tornando sua preservação crucial para a saúde dos oceanos e, consequentemente, para a sobrevivência humana. A crise dos corais destaca a necessidade urgente de ações efetivas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e preservar esses ecossistemas vitais.