A BP anunciou uma redução de 30% em seu lucro no terceiro trimestre de 2024, totalizando 2,3 bilhões de dólares, o menor valor registrado em quase quatro anos. Esse resultado foi impactado por margens de refino mais fracas e um desempenho insatisfatório nas vendas de petróleo, refletindo a desaceleração da atividade econômica global e a diminuição da demanda, especialmente na China. Apesar da queda, o resultado ficou acima das expectativas do mercado, que projetava lucros ainda menores.
O CEO da BP, Murray Auchincloss, destacou que a empresa está focada em simplificar suas operações e se afastar da estratégia anterior de rápida expansão em energias renováveis. A BP também decidiu manter o pagamento de dividendos e o programa de recompra de ações, embora tenha enfrentado um aumento anual de 9% em seus níveis de dívida, o que gerou preocupações entre os investidores. Além disso, Auchincloss mencionou que a companhia está reavaliando suas metas financeiras e considera trazer parceiros para projetos de energia eólica offshore.
Apesar da queda no lucro, a produção de petróleo e gás da BP aumentou 3% em relação ao ano anterior, atingindo 2,38 milhões de barris de óleo equivalente por dia, ajudando a mitigar o impacto das margens de refino em declínio. Os analistas apontam que a empresa ainda possui potencial para crescimento, impulsionado por suas operações de comercialização de combustíveis e biogás, embora a atenção do mercado só deverá se voltar para essas oportunidades após uma revisão clara das metas financeiras.