Em meio a preocupações com a segurança, os jogadores do Botafogo não concederam a tradicional entrevista após a vitória que garantiu a classificação para a final da Copa Libertadores. Apesar disso, permaneceram no campo por aproximadamente 40 minutos para agradecer aos cerca de 1.600 torcedores presentes, que demonstraram apoio fervoroso. O time carioca, que avançou à final com um placar agregado de 6 a 3, adotou uma postura cautelosa para evitar conflitos com torcedores do Peñarol no Estádio Centenário, especialmente em vista da decisão contra o Atlético-MG marcada para o dia 30 de novembro.
A atmosfera do jogo foi marcada por tensões, com relatos de racismo e ataques a ônibus da delegação do Botafogo. No interior do estádio, torcedores uruguaios manifestaram apoio a colegas detidos no Brasil, criando um clima hostil. A segurança do evento se tornou uma preocupação central após uma série de incidentes ocorridos na semana anterior, em que torcedores uruguaios estiveram envolvidos em confrontos com a polícia no Rio de Janeiro, resultando em detentos e agitações em várias áreas da cidade.
Diante desse cenário, o ministro do Interior do Uruguai solicitou à Associação Uruguaia de Futebol que o jogo entre Botafogo e Peñarol fosse realizado com torcida única, acreditando que a segurança dos visitantes estaria comprometida. A Conmebol, atenta à situação, decidiu transferir a partida para o Estádio Centenário, visando garantir um ambiente mais seguro para todos os envolvidos na semifinal da competição.