A Boeing registrou um prejuízo líquido de US$ 6,17 bilhões no terceiro trimestre de 2024, um valor significativamente superior ao prejuízo de US$ 1,64 bilhão no mesmo período do ano anterior. O resultado ajustado por ação ficou em US$ 10,44, ultrapassando a previsão de analistas de US$ 10,35 e a estimativa anterior da própria empresa, que era de US$ 9,97. Apesar da queda anual de 1% na receita, que alcançou US$ 17,84 bilhões, este resultado foi superior ao consenso de US$ 17,82 bilhões.
O fluxo de caixa livre da Boeing apresentou um déficit de US$ 2 bilhões ao final de setembro, o que é melhor do que a previsão de uma posição negativa de US$ 2,41 bilhões, segundo a FactSet. A empresa mantém uma robusta carteira de pedidos, com um valor total de US$ 511 bilhões. O novo CEO da Boeing, que assumiu o cargo recentemente, destacou que a recuperação da empresa para sua posição de liderança no setor aeroespacial demandará tempo e esforço.
Após uma reação inicial positiva no mercado, as ações da Boeing apresentaram queda de 0,86% nas negociações do pré-mercado em Nova York. Os investidores também estão atentos à votação de um acordo provisório que visa encerrar a greve de trabalhadores da empresa nos EUA, proposta que inclui aumento salarial e bônus. Essa movimentação ocorre em um contexto de busca da empresa por levantar US$ 10 bilhões em vendas de ações para estabilizar suas finanças.