A Boeing pode acumular mais de US$ 1 bilhão em despesas salariais devido à sua nova proposta de contrato de trabalho, que visa encerrar uma greve que já dura mais de um mês. Cerca de 33 mil trabalhadores estão programados para votar na proposta, que inclui um aumento salarial de 35% ao longo de quatro anos e um bônus de ratificação de US$ 7 mil. A paralisação da produção impacta diretamente o jato 737 MAX, o modelo mais vendido da companhia, gerando preocupações sobre os resultados financeiros da empresa, que devem ser divulgados em breve.
A proposta atual representa um avanço em relação à oferta anterior, que foi rejeitada pelos trabalhadores, mas ainda não atende completamente às demandas que pedem um aumento de 40% em quatro anos. Analistas estimam que o custo total da nova oferta pode ultrapassar os US$ 1 bilhão, com previsões de despesas salariais que variam entre US$ 1 bilhão e US$ 1,3 bilhão. A situação se complica com o descontentamento de membros do sindicato, que enfrentaram críticas pela aprovação da primeira proposta da Boeing.
O sindicato Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM) não endossou explicitamente a nova proposta, mas a considerou digna de avaliação. Resolver a greve rapidamente é considerado essencial para a melhoria da posição financeira da Boeing, em um cenário onde a produção está estagnada e os custos operacionais estão aumentando. A situação continua a ser monitorada de perto, enquanto as partes envolvidas buscam uma solução que atenda às necessidades dos trabalhadores e da empresa.