A Boeing apresentou, nesta terça-feira (15), documentos à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos com o objetivo de levantar até R$ 25 bilhões por meio de uma oferta de ações e dívidas. A iniciativa ocorre em um contexto de dificuldades financeiras, exacerbadas pela queda na produção do jato 737 MAX após um incidente ocorrido no início do ano e pela greve de trabalhadores, que se estende desde 13 de setembro. Para reforçar sua liquidez, a empresa também firmou um contrato de crédito de R$ 10 bilhões.
Analistas estimam que a fabricante precisa arrecadar entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões para manter suas classificações de crédito. As medidas anunciadas são vistas como necessárias para garantir acesso a recursos financeiros em um ambiente desafiador, especialmente considerando que a greve tem gerado custos superiores a US$ 1 bilhão por mês. A Boeing já planeja demitir 17 mil funcionários, representando 10% de sua força de trabalho global, em resposta a essas dificuldades.
Os fundos obtidos com a oferta serão utilizados para fins corporativos gerais, conforme detalhado nos documentos apresentados à SEC. Em 30 de junho, a Boeing reportou R$ 10,89 bilhões em caixa e equivalentes, indicando a necessidade de estratégias para fortalecer sua posição financeira durante este período crítico. A empresa também enfrenta restrições de produção impostas por reguladores, o que agrava sua situação financeira.