Os funcionários da Boeing em greve votarão na próxima quarta-feira, dia 23, uma nova proposta de contrato que prevê um aumento salarial de 35% ao longo de quatro anos. A greve, que começou em 13 de setembro, envolve cerca de 33 mil trabalhadores sindicalizados na Costa Oeste dos Estados Unidos, impactando a produção dos modelos 737 MAX, 767 e 777. A proposta também inclui um bônus de ratificação de US$ 7 mil, incentivos para planos de aposentadoria e contribuições adicionais, o que torna a oferta atrativa para os trabalhadores, que anteriormente haviam rejeitado uma proposta inicial.
A negociação recente teve o apoio da secretária interina do Trabalho dos EUA, que esteve em Seattle para facilitar o diálogo entre as partes. Apesar das melhorias na proposta, a Boeing não tem garantias de que os trabalhadores a aprovarão, dado o histórico de rejeição à oferta anterior, que incluía um aumento de 25%. O sindicato enfatizou que a decisão final está nas mãos dos funcionários, que enfrentam pressões contínuas e incertezas econômicas.
O impacto da greve já se faz sentir no mercado de trabalho, com estimativas indicando que até 50 mil empregos podem ter sido afetados, refletindo no relatório de emprego de outubro. A situação da Boeing é complexa, com a empresa enfrentando desafios financeiros e de produção, incluindo uma investigação da FAA. O desfecho das negociações será crucial para a estabilidade da força de trabalho e o futuro econômico da fabricante.