A Boeing, fabricante americana de aeronaves, anunciou um corte de 17 mil empregos, representando 10% de sua força de trabalho global, devido a dificuldades financeiras acentuadas por uma greve de trabalhadores que já dura um mês. O CEO da empresa, em mensagem interna, destacou a necessidade de redefinir os níveis de mão de obra para alinhar a companhia à sua realidade financeira, enfatizando que a paralisação, que envolve 33 mil funcionários na costa oeste dos EUA, tem impactado a produção de modelos importantes como o 737 MAX, 767 e 777.
Além dos cortes de pessoal, a Boeing informou que a entrega do modelo 777X será atrasada em um ano, com a nova previsão para 2026. Esse adiamento é atribuído a desafios no desenvolvimento e à interrupção dos testes de voo. A fabricante já enfrentava problemas de certificação do 777X, o que havia contribuído para atrasos no lançamento do avião. A empresa também está prevista para anunciar resultados financeiros do terceiro trimestre em 23 de outubro, prevendo uma receita de US$ 17,8 bilhões e uma perda significativa por ação.
A continuidade da greve é vista como um fator crucial para a recuperação da Boeing, que enfrenta um custo estimado em US$ 1 bilhão por mês. O impacto financeiro da greve e as dificuldades anteriores, como o incidente de explosão em um novo modelo em janeiro, levantam preocupações sobre a saúde financeira da empresa e sua classificação de crédito. A Boeing busca uma solução para a paralisação de trabalho, pois a estabilidade da produção e a restauração de sua reputação são vitais para o futuro da companhia.