A Boeing informou que planeja reduzir sua força de trabalho em aproximadamente 10%, o que representa cerca de 17 mil empregos, em resposta a uma crise financeira acentuada por uma greve prolongada de trabalhadores. O CEO da empresa, Kelly Ortberg, ressaltou em um memorando que a situação atual é desafiadora, com a empresa enfrentando dificuldades significativas no mercado. Ao final de 2023, a Boeing contava com 171 mil funcionários e registrou uma receita prevista de US$ 17,8 bilhões para o terceiro trimestre, com uma perda por ação de US$ 9,97.
A greve, que envolve cerca de 33 mil funcionários na área de Seattle, está impactando a produção e a capacidade da empresa de atender a demanda do mercado. As negociações salariais entre a Boeing e os sindicatos não avançaram, resultando na rejeição de duas propostas de aumento salarial. Como parte de suas estratégias de contenção de custos, a empresa já havia adotado medidas como licenças forçadas e congelamento de contratações.
Além disso, a Boeing anunciou que as primeiras entregas do novo modelo 777X foram adiadas para 2026 devido à interrupção nas operações e à pausa nos testes de voo, o que representa mais um revés para o projeto. A empresa enfrentará cobranças de ganhos antes dos impostos que totalizam cerca de US$ 5,6 bilhões, refletindo as dificuldades em sua linha de produção e nos programas de aeronaves existentes.