O presidente do Banco Central da França e membro do BCE, François Villeroy de Galhau, afirmou que o risco de a inflação na zona do euro ficar abaixo da meta de 2% é agora tão significativo quanto o risco de superá-la. Essa declaração surge após o BCE ter reduzido suas taxas de juros pela terceira vez em 2023, marcando a primeira sequência de cortes desde 2011, em meio a um cenário econômico enfraquecido.
Villeroy destacou que a inflação deve atingir a meta do BCE de maneira sustentável antes do previsto, especificamente em 2025, mesmo sem sinais claros de aceleração no crescimento econômico. A diminuição do investimento e do consumo privados, junto com o aumento nas taxas de poupança das famílias, justificam a recente decisão de cortar as taxas de juros. Ele enfatizou que a continuidade desse processo de relaxamento monetário dependerá das condições econômicas.
Além disso, Villeroy sugeriu que os cortes de juros podem se tornar mais agressivos, afirmando que o BCE manterá a flexibilidade nas decisões futuras, considerando o ambiente internacional de incertezas. A abordagem pragmática do BCE permitirá que novas decisões sejam tomadas conforme necessário, deixando em aberto todas as possibilidades para as próximas reuniões.