O Banco Mundial projeta que os preços dos metais industriais permanecerão estáveis em 2025 e 2026, influenciados pela fraqueza no setor imobiliário da China, que tende a gerar um efeito de baixa. No entanto, esse impacto será contrabalançado por condições de oferta restritivas e pelo aumento da demanda por alguns metais, impulsionada pela transição energética. O relatório “Perspectivas dos Mercados de Commodities”, divulgado em 29 de outubro, destaca que a volatilidade nos mercados de metais pode ser provocada por resultados inesperados do crescimento econômico chinês.
Em contraste, a expectativa para o ouro é de que seu preço médio atinja um recorde histórico este ano, apresentando uma alta de 21% em relação à média de 2023. Considerado um ativo de porto seguro, o ouro tende a valorizar-se em tempos de crise e incertezas geopolíticas, o que reforça sua importância no portfólio dos investidores. Nos próximos dois anos, a previsão é que os preços do metal fiquem 80% acima da média dos cinco anos anteriores à pandemia da covid-19.
O relatório também observa que, no último ano, os movimentos das commodities têm se mostrado menos sincronizados, uma mudança em relação ao período de 2020 a 2023, quando as oscilações eram mais uniformes devido aos impactos econômicos da pandemia e a eventos como a invasão da Ucrânia. Essa desaceleração na sincronização dos preços pode indicar uma complexidade crescente nas dinâmicas do mercado de commodities.