O Banco Mundial planeja liberar até US$ 100 milhões em fundos de emergência para o Líbano, visando apoiar a economia do país em meio a crescentes tensões e conflitos na região. A proposta inclui a adição desse montante aos empréstimos já existentes, que totalizam aproximadamente US$ 1,65 bilhão. A diretora de operações da instituição, Anna Bjerde, enfatizou que os recursos podem ser utilizados para atender a necessidades críticas de liquidez de curto prazo, por meio de cláusulas especiais conhecidas como CERCs, que permitem redirecionar fundos não desembolsados em situações de emergência.
As CERCs estão incorporadas em cerca de 600 projetos do Banco Mundial globalmente e permitem a movimentação de recursos após desastres ou conflitos. Embora essas cláusulas estejam disponíveis, o Líbano ainda não solicitou o redirecionamento dos fundos. A situação no país se agravou nas últimas semanas, especialmente devido ao aumento dos confrontos entre grupos armados e forças regionais, levando a um aumento no número de deslocados internos, que já atinge cerca de 1 milhão de pessoas.
Além da proposta de liberação de recursos, Bjerde destacou a possibilidade de utilizar um programa de proteção social já existente, desenvolvido durante a pandemia de Covid-19. Esse programa, que é digital e permite o envio de apoio financeiro direto aos indivíduos, pode ser uma ferramenta eficaz para reforçar a rede de segurança social para os cidadãos mais afetados pela crise. No entanto, até o momento, os ministérios das finanças e da economia do Líbano não comentaram sobre as propostas apresentadas.