O Banco Central Europeu (BCE) anunciou, nesta quinta-feira (17), um corte de 0,25 ponto percentual nas principais taxas de juros da região. A nova taxa sobre os depósitos é de 3,25%, enquanto a taxa de refinanciamento foi ajustada para 3,40%. Com esse movimento, o BCE busca reduzir a diferença entre essas taxas, que era de 50 pontos-base, para 15 pontos-base, visando estimular os empréstimos entre bancos. A taxa de empréstimos também sofreu uma redução, passando de 3,90% para 3,65%.
Em seu comunicado, o BCE ressaltou que o processo de desinflação avança positivamente, embora as expectativas de inflação estejam sendo influenciadas por indicadores econômicos recentes, que trouxeram surpresas negativas. As condições de financiamento continuam restritivas, mas a previsão é de que a inflação aumente nos próximos meses antes de convergir para a meta de 2% no próximo ano. Apesar de os salários continuarem a subir, as pressões sobre os custos trabalhistas devem diminuir gradualmente.
O Conselho do BCE afirmou que manterá as taxas de política monetária em níveis restritivos pelo tempo necessário para alcançar a meta de inflação. As decisões futuras sobre as taxas de juros serão baseadas na avaliação contínua das perspectivas inflacionárias, considerando dados econômicos e financeiros, a dinâmica da inflação subjacente e a eficácia da transmissão da política monetária. O BCE não se comprometeu a seguir uma trajetória específica para as taxas, adotando uma abordagem flexível e fundamentada em dados.