Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central e indicado para a presidência da instituição a partir de 2025, destacou a importância de manter a taxa de juros em um nível restritivo pelo tempo necessário para atingir a meta de inflação estabelecida em 3,0%. Durante sua sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Galípolo reiterou que essa é a função primária do Banco Central, ressaltando que a instituição deve atuar efetivamente para cumprir a meta, conforme o arcabouço institucional e legal que a rege.
O diretor abordou também a autonomia do Banco Central, ressaltando que essa autonomia operacional é fundamental para que a instituição busque as metas estabelecidas pelo poder democrático. Ele reconheceu que o termo “autonomia” frequentemente provoca debates acalorados na vida pública e propôs uma reinterpretação desse conceito, buscando uma explicação mais clara sobre suas implicações e funções.
Galípolo enfatizou que a autonomia do Banco Central não significa que a instituição deve ignorar o poder democraticamente eleito. Para ele, é crucial que haja um arcabouço institucional adequado que permita ao Banco Central desempenhar suas funções de maneira eficaz e alinhada com as diretrizes estabelecidas pelo governo, promovendo uma atuação responsável e em consonância com as expectativas da sociedade.