O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, abordou os desafios enfrentados durante seu mandato, incluindo discussões sobre a meta de inflação e a credibilidade da instituição. Durante uma reunião com investidores em Washington, ele ressaltou a importância de o Banco Central se manter afastado da política e evitar ruídos que possam afetar sua atuação. Campos Neto destacou o processo de transição para Gabriel Galípolo, que assumirá o comando da autarquia no próximo ano, reforçando a necessidade de garantir uma mudança tranquila e focada em objetivos de longo prazo.
Além disso, Campos Neto enfatizou que questionar a metodologia e os objetivos da nova meta de inflação, estabelecida em 3% de forma contínua, pode ser contraproducente. Ele comparou a situação do Brasil com a de outros mercados emergentes, afirmando que a nova meta está alinhada com as práticas internacionais. O presidente do Banco Central observou que, historicamente, a credibilidade da instituição levou a uma rápida convergência das expectativas de inflação quando novas metas eram anunciadas.
Com a aprovação do novo presidente do Banco Central pelo Senado, Campos Neto ressaltou a importância de um olhar institucional e de longo prazo, afastando a autarquia de influências políticas imediatas. Essa abordagem visa fortalecer a credibilidade do Banco Central e promover um ambiente econômico mais estável, independentemente das mudanças políticas que possam ocorrer no país.