O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou que as projeções de crescimento do Brasil têm sido revisadas positivamente nos últimos anos, um fenômeno que se repetiu em 2024. Segundo ele, diversas análises sugerem que o PIB potencial do país pode ter sido impulsionado por reformas recentes, embora a mensuração dos ganhos de produtividade seja complexa, especialmente fora do setor agropecuário. O Fundo Monetário Internacional também revisou suas expectativas sobre o PIB potencial brasileiro, apontando uma correlação com a política fiscal e a atividade econômica.
Galípolo argumentou que, ao redistribuir renda, a política fiscal pode elevar a propensão ao consumo, o que se alinha às tendências observadas na economia. Ele mencionou que o Banco Central já está adaptando suas metas de inflação, enfatizando a relevância da inflação projetada para 2024 e a importância de um horizonte de planejamento mais longo. A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) focou no primeiro trimestre de 2026 como um período crucial para as decisões de política monetária.
Durante sua sabatina no Senado, Galípolo foi questionado sobre a atual situação fiscal do Brasil e sobre as críticas direcionadas ao presidente do Banco Central, ressaltando a necessidade de prudência nas decisões monetárias diante de fatores como desancoragem de expectativas e um mercado de trabalho apertado. Ele enfatizou a importância de considerar essas variáveis ao formular políticas que respondam ao crescimento econômico acima das expectativas iniciais.