O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, declarou que atualmente não há indicações de um cenário de dominância fiscal no Brasil. Durante um evento com investidores em Washington, ele ressaltou que a piora na percepção de risco fiscal é tanto quantitativa quanto qualitativa, evidenciada pelo aumento do prêmio de risco e da inflação implícita, que, segundo ele, impactam a inflação.
Campos Neto enfatizou a importância da credibilidade na comunicação do BC para mitigar o prêmio de risco e destacou a necessidade de harmonia entre as políticas fiscal e monetária. Ele argumentou que essa sinergia é crucial para a redução estrutural das taxas de juros, observando que em situações passadas, onde os juros foram reduzidos, houve um cenário fiscal favorável.
Adicionalmente, o presidente do BC observou que se a inflação atual começar a se alinhar com a meta de 3%, é provável que o prêmio de risco diminua. Essa convergência é vista como um passo positivo para estabilizar a economia e fomentar um ambiente de confiança no mercado.