A partir de 14 de outubro até 29 de novembro, o Banco Central do Brasil (BC) receberá propostas de empresas interessadas em participar da segunda fase de testes do Drex, a versão digital do real. Essa etapa se concentrará no desenvolvimento de negócios que utilizem contratos inteligentes, permitindo que instituições financeiras realizem transações de emissão, resgate e transferência de ativos, além de simulações de fluxos financeiros. As propostas, que devem ter no máximo cinco páginas, serão analisadas sem um limite de seleção, dependendo da quantidade de inscrições e da capacidade do BC.
Os contratos inteligentes, baseados na tecnologia blockchain, automatizam a execução dos termos acordados, reduzindo a burocracia em transações como compra e venda de veículos e imóveis. Com essa tecnologia, o processo de transferência de bens pode ocorrer de forma instantânea, eliminando a necessidade de intermediários e diminuindo custos associados. O BC já iniciou a primeira fase de testes em setembro de 2023, focando na segurança e privacidade das transações digitais, mas encontrou desafios que atrasaram o cronograma de lançamento da moeda digital.
Com a intenção de avançar no desenvolvimento do Drex, o BC decidiu expandir a participação para novos consórcios e instituições financeiras, após a primeira fase de testes ter identificado problemas de privacidade. A previsão inicial era que a moeda digital entrasse em circulação no final de 2023 ou início de 2025, mas atrasos no desenvolvimento podem impactar essa data. A nova fase de testes, que se estenderá até o primeiro semestre de 2025, visa aprimorar a tecnologia e garantir a segurança das operações com o Drex.