A balança comercial do Brasil com o Irã e Israel apresenta resultados contrastantes até agosto de 2024, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O Brasil registrou um superávit de 1,83 bilhão com o Irã, impulsionado por exportações significativas, como soja e bagaços de soja. Em contrapartida, o país teve um déficit de 188,6 milhões com Israel, com compras que incluem petróleo e carne bovina. Essa dinâmica comercial ocorre em um contexto de crescente tensão no Oriente Médio, após o lançamento de mísseis do Irã sobre o território israelense, intensificando preocupações sobre um potencial conflito aberto.
Os itens mais comprados pelo Irã do Brasil incluem soja, açúcar de cana e milho, refletindo uma demanda robusta por produtos agrícolas. No entanto, Israel concentra suas importações brasileiras em petróleo e carne, indicando uma dependência de recursos energéticos e alimentares. Essa troca comercial revela não apenas os interesses econômicos, mas também a complexa interdependência entre o Brasil e essas nações do Oriente Médio.
Além disso, as importações do Brasil provenientes do Irã são relativamente modestas, com destaque para uvas secas e pistaches. Os dados ressaltam uma relação comercial assimétrica, onde o Brasil se torna um fornecedor importante de alimentos para o Irã, enquanto recebe principalmente produtos químicos e veículos aéreos de Israel. Esse cenário destaca a necessidade de um monitoramento atento das relações comerciais e políticas, especialmente em um período marcado por escaladas de tensão internacional.