A balança comercial do Brasil deve registrar um superávit de US$ 79,8 bilhões em 2024, conforme relatório do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas. A projeção do governo é um pouco mais modesta, com expectativa de US$ 70,4 bilhões. O desempenho do mês de outubro será crucial para determinar qual das previsões se concretizará, destacando-se a importância das exportações para os principais parceiros comerciais do país.
No mês de setembro, a balança comercial obteve um superávit de US$ 5,4 bilhões, inferior aos US$ 9,2 bilhões do mesmo mês do ano anterior. O aumento das exportações na indústria de transformação, especialmente no setor automotivo voltado para a Argentina, e a melhora nas vendas para os Estados Unidos foram os principais fatores positivos. Em contrapartida, as importações continuam crescendo, impulsionadas pela demanda de petróleo e derivados, o que indica um cenário complexo para o comércio exterior brasileiro.
Em termos de volume, as exportações aumentaram 4,6% em setembro de 2024 em comparação ao ano anterior, enquanto as importações subiram 22,9%. No acumulado do ano, até setembro, as exportações avançaram 4,4%, e as importações tiveram uma elevação de 14,9%. Um destaque positivo foi o crescimento das importações de bens de capital, que cresceu 35,6%, sinalizando um aumento nos investimentos no país, essencial para a recuperação econômica.