O rio Solimões, um dos principais afluentes do Amazonas, atingiu seu nível mais baixo já registrado, resultando em uma grave crise humanitária para as comunidades ribeirinhas. Em Manacapuru, a profundidade do rio caiu para apenas 3 metros, superando o recorde anterior, o que deixou vilarejos isolados, sem acesso a alimentos, água e transporte. A situação é crítica, já que o retorno das chuvas ainda está a um mês de distância, e o nível do rio deve continuar a cair, aprofundando as dificuldades enfrentadas pelos moradores locais.
Os habitantes da região estão sendo forçados a atravessar longas distâncias a pé para conseguir suprimentos, enfrentando condições adversas sob o calor intenso. Barcos ficaram encalhados em bancos de areia que antes eram navegáveis, dificultando ainda mais o transporte de mercadorias. A pesca, que é a principal fonte de proteína para essas comunidades, também foi severamente afetada, com muitos peixes morrendo em águas rasas e quentes.
Especialistas apontam que as mudanças climáticas e o aquecimento global estão contribuindo para a seca severa e os incêndios florestais na Amazônia, exacerbando a crise. A combinação desses fatores está destruindo a vegetação local e colocando em risco a sobrevivência das populações que dependem do rio e de seus recursos naturais.