O B-20, fórum que reúne empresários de países do G20, teve sua abertura nesta quinta-feira, 24, em São Paulo, marcando a primeira vez que o Brasil sedia o evento, coincidente com sua função como anfitrião do G20 em novembro. Durante as discussões, a empresária Luiza Trajano enfatizou a necessidade de ações concretas, destacando que é fundamental que o setor privado se posicione sobre as mudanças no mercado de trabalho, assegurando que a digitalização não resulta necessariamente em aumento de desemprego. Ela defendeu um esforço conjunto entre empresários e políticos para capacitar profissionais e combater a desigualdade.
O evento contou com a presença de representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e outros líderes empresariais, que discutiram propostas acionáveis para contribuir com o debate global. O presidente da CNI, Ricardo Alban, ressaltou a importância do Brasil no cenário internacional, enquanto Josué Gomes da Silva, da Fiesp, mencionou a relevância dos eventos que ocorrem no país, como o G20 e a COP30, para o engajamento nas causas mundiais. O secretário de Desenvolvimento Econômico de São Paulo representou o governador, e o diplomata Felipe Hees enfatizou a necessidade de conectar as discussões do G20 com a realidade da sociedade civil.
Em paralelo, em Washington, os ministros das finanças do G20 discutiram as perspectivas econômicas globais e a necessidade de uma tributação progressiva para reduzir desigualdades. O vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, também defendeu uma reforma na Organização Mundial do Comércio durante um encontro em Brasília, destacando o compromisso do Brasil com um comércio global mais justo e inclusivo. Alckmin continuará participando das discussões do B-20, que visam unir o setor privado e o governo em prol de um desenvolvimento sustentável e colaborativo.