O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, elogiou as reformas do governo argentino liderado por Javier Milei, destacando um progresso significativo na restauração do equilíbrio fiscal, com a transformação de um déficit primário de 2,9% do PIB em um superávit de 1,5% em apenas sete meses. Contudo, a realidade social é alarmante, com dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) indicando que a pobreza no país subiu para 52,9% da população, afetando cerca de 15,7 milhões de pessoas.
Goldfajn ressaltou a necessidade de otimizar os gastos públicos e redirecionar recursos para apoiar os cidadãos mais vulneráveis, enfatizando que a melhoria das contas públicas não é suficiente sem a criação de oportunidades de emprego e crescimento econômico inclusivo. Ele também anunciou planos de concessão de mais de US$ 3,8 bilhões em créditos para a Argentina em 2024, visando financiar projetos em setores como agronegócio, infraestrutura e energia.
Apesar das promessas de reformas e do apoio financeiro, a pressão sobre o governo de Milei aumenta diante da crise econômica e social persistente. Nos primeiros seis meses de sua gestão, 3,4 milhões de argentinos caíram na pobreza, e 5,4 milhões estão em situação de indigência, evidenciando a urgência de soluções eficazes para enfrentar a grave situação econômica do país.