O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou, em uma sabatina no Senado, os avanços econômicos que o Brasil experimentou desde a crise da década de 80, que resultou na moratória da dívida externa e na exclusão do país do circuito financeiro internacional. Atualmente, o Brasil se posiciona como um credor líquido internacional, com reservas superiores a US$ 350 bilhões e um superávit comercial robusto, atribuindo esses resultados à produtividade e competitividade dos empresários brasileiros.
Galípolo ressaltou a importância das vantagens em segurança alimentar e energética em tempos de instabilidade política, evidenciando como o país se tornou um exportador significativo de produtos, especialmente petróleo, e desenvolveu uma matriz energética limpa e diversificada. Esses fatores contrastam fortemente com a situação dos anos 70, que contribuiu para a crise da década de 80, marcada pela hiperinflação.
Ele também mencionou a evolução do sistema econômico brasileiro, que, após diversas tentativas de estabilização, culminou com o sucesso do Plano Real, que completa 30 anos em 2024, e do sistema de metas de inflação, que celebra 25 anos. Atualmente, o Brasil é reconhecido por sua estabilidade monetária, um marco significativo considerando os desafios enfrentados nas décadas anteriores.