O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou, durante sua sabatina no Senado, os significativos avanços econômicos do Brasil desde a década de 80, quando o país enfrentou uma grave crise que resultou na moratória da dívida externa. Hoje, o Brasil se apresenta como um credor líquido internacional, possuindo mais de US$ 350 bilhões em reservas e um superávit comercial robusto. Essa transformação é atribuída à competência dos empresários brasileiros e à competitividade do mercado, além da diversificação da matriz energética e do aumento das exportações, especialmente de petróleo.
Galípolo também enfatizou a importância da segurança alimentar e energética, ressaltando que esses fatores são particularmente relevantes em tempos de instabilidade política. A economia brasileira, agora reconhecida por sua estabilidade monetária, se consolidou após décadas desafiadoras, especialmente na década de 70, que culminaram em hiperinflação nos anos 80 e 90. O exato controle da inflação, que chegou a alarmantes 6.821% ao ano em março de 1990, foi um dos principais desafios enfrentados durante este período.
Ao celebrar os 30 anos do Plano Real e os 25 anos do sistema de metas de inflação em 2024, Galípolo ressaltou a importância desses marcos na estabilização econômica do país. A experiência adquirida ao longo das últimas décadas permitiu ao Brasil não apenas superar crises, mas também se posicionar como um player relevante no cenário econômico internacional, refletindo uma nova era de segurança e confiança nas suas políticas econômicas.