O ministro Cristiano Zanin foi o único representante do Supremo Tribunal Federal (STF) a comparecer à posse da nova gestão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), acompanhando apenas o presidente do STF e a presidente do Tribunal Superior Eleitoral. A ausência dos demais ministros do STF na cerimônia contrasta com a presença maciça durante a posse de um novo presidente no Superior Tribunal de Justiça (STJ) no mês anterior, evidenciando um possível desinteresse do Supremo pelo TST.
Essa falta de prestígio ocorre em um contexto de crescente divergência entre os dois tribunais, especialmente em relação à competência para julgar questões de terceirização. Enquanto o TST tem reconhecido vínculos empregatícios em casos de contratos com pessoas jurídicas, o STF tem anulado diversas decisões trabalhistas, gerando críticas de ministros como Gilmar Mendes, que tem defendido uma revisão das atribuições do Judiciário.
Além das autoridades do Judiciário, representantes do governo, como os ministros do Trabalho e da Advocacia-Geral da União, também marcaram presença na cerimônia, ressaltando a importância do evento. A situação atual aponta para um clima de tensão e falta de alinhamento entre os tribunais superiores, refletindo as complexidades do sistema judiciário brasileiro e as consequências disso para o tratamento das relações trabalhistas.