Em outubro, os gastos das famílias com alimentação foram pressionados pelo aumento nos preços de produtos alimentícios de origem animal, embora quedas em subgrupos de alimentos in natura tenham atenuado o impacto. O grupo Alimentação e Bebidas teve uma alta de 0,87%, contrastando com uma elevação de apenas 0,05% em setembro, contribuindo com 0,18 ponto porcentual para a taxa de 0,54% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) deste mês, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As carnes registraram um aumento significativo de 4,18%, e o leite e seus derivados subiram 1,49%. No entanto, os preços de tubérculos, raízes e legumes, hortaliças e verduras, e frutas apresentaram reduções, de -6,14%, -2,02% e -0,19%, respectivamente. Após três meses consecutivos de queda, o custo da alimentação consumida no domicílio aumentou em 0,95% em outubro, com destaque para os subitens contrafilé (5,42%), café moído (4,58%) e leite longa vida (2,00%).
A alimentação fora do domicílio também apresentou elevação, com um aumento de 0,66%. As refeições consumidas fora de casa subiram 0,70%, enquanto os lanches tiveram um incremento de 0,76%. Esses dados refletem uma tendência de alta nos preços que impacta diretamente o orçamento familiar, ressaltando a dinâmica complexa do mercado alimentício brasileiro.