Os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) indicam que em outubro, os preços da energia elétrica residencial e das passagens aéreas foram os principais responsáveis pela pressão inflacionária sobre o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), que registrou um aumento significativo em comparação ao mês anterior. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) subiu de 0,02% em setembro para 0,53% em outubro, refletindo uma aceleração nas despesas de consumo das famílias.
Sete das oito classes de despesa apresentaram elevações nas taxas de variação, destacando-se Habitação, que passou de 0,23% em setembro para 1,60% em outubro, e Alimentação, que saiu de -0,43% para 0,08%. Outras classes que também registraram aumentos foram Educação, Leitura e Recreação; Despesas Diversas; e Saúde e Cuidados Pessoais. Esses aumentos foram influenciados por itens específicos, como a tarifa de eletricidade residencial, que saltou de 0,83% para 6,35%, e a alta nas passagens aéreas, que variaram de -1,29% para 4,24%.
Por outro lado, a classe de Transportes apresentou uma desaceleração, com a taxa caindo de 0,13% para -0,23%, principalmente devido à queda no preço da gasolina, que variou de 0,24% para -0,78%. Essa situação evidencia a complexidade do cenário econômico atual, onde a inflação continua a ser impulsionada por aumentos em setores específicos, ao mesmo tempo em que outras áreas experimentam alívios nos preços.