O número de novos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos teve um leve aumento, subindo para 225 mil na semana encerrada em 28 de setembro, segundo o Departamento do Trabalho. Embora esse número esteja em um patamar que indica um mercado de trabalho relativamente estável, a passagem do furacão Helene pelo sudeste do país, que causou destruição significativa, e as greves envolvendo funcionários da Boeing e trabalhadores portuários podem distorcer essa análise a curto prazo.
A recuperação após o furacão Helene, que deixou ao menos 162 mortos e danificou infraestrutura em diversos estados, será um esforço longo e custoso, conforme indicado pelo secretário de Segurança Interna. Além disso, a greve de aproximadamente 75 mil trabalhadores da Boeing e dos portos da Costa Leste e da Costa do Golfo deve impactar ainda mais a situação do mercado de trabalho, criando incertezas que podem levar a demissões temporárias, mesmo que os grevistas não tenham direito ao auxílio-desemprego.
A desaceleração do mercado de trabalho é impulsionada por um arrefecimento nas contratações, resultante do aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve para conter a inflação. Em um movimento recente, o banco central reduziu a taxa de juros em 50 pontos-base, e espera-se que novos cortes ocorram em novembro e dezembro, em resposta aos riscos crescentes para o mercado de trabalho e a economia em geral.