Os gastos das famílias brasileiras com habitação apresentaram um crescimento significativo, passando de uma alta de 0,50% em setembro para 1,72% em outubro. Esse aumento representou uma contribuição positiva de 0,26 ponto porcentual para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que registrou uma taxa de 0,54% neste mês, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Um dos principais fatores para essa elevação nos custos de habitação foi o aumento na energia elétrica residencial, que subiu de 0,84% em setembro para 5,29% em outubro. Esse crescimento foi influenciado pela implementação da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que começou a vigorar em 1º de outubro, fazendo com que a energia elétrica se tornasse a maior pressão sobre o IPCA-15, com uma contribuição de 0,21 ponto porcentual.
Além do aumento da energia elétrica, o gás de botijão também registrou um aumento de 2,17% em outubro. Esses aumentos nos preços refletem as dificuldades enfrentadas pelas famílias em um contexto de inflação crescente e indicam um impacto significativo nos orçamentos domésticos, gerando preocupações sobre a capacidade de consumo da população em um cenário econômico desafiador.