O Brasil registrou um aumento de 2,8% no consumo de energia nas residências em setembro de 2024, em comparação ao mesmo mês do ano anterior, impulsionado pelo calor e pela seca histórica que o país enfrenta. Esse cenário levou ao uso intensificado de aparelhos como ar-condicionado e ventiladores, conforme relatório da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Ao mesmo tempo, as contas de luz estão mais altas devido à ativação da bandeira vermelha patamar 1 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que representa uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
O aumento no consumo de energia também foi observado em todos os mercados, com uma estimativa de crescimento de 3,2% em setembro. Esse número abrange tanto o mercado regulado, que inclui consumidores que adquirem energia das distribuidoras, quanto o mercado livre, onde empresas têm a liberdade de escolher seus fornecedores. No mercado livre, a CCEE identificou um incremento de 3,8% no consumo, refletindo o desempenho econômico positivo em diversos setores.
Setores como saneamento, madeira, papel e celulose, e extração de minerais metálicos destacaram-se com os maiores aumentos no consumo de energia, superando 6%. Esse cenário de aumento no consumo está diretamente ligado à seca severa, que impacta não apenas o abastecimento de energia, mas também os preços de alimentos, trazendo preocupações sobre a economia e o bem-estar das famílias brasileiras, especialmente nas regiões mais afetadas.