O Bundesbank destacou que as empresas alemãs têm aumentado significativamente seus investimentos nos Estados Unidos, atraídas por condições geopolíticas favoráveis e custos de produção competitivos. Em seu relatório mensal, o banco central da Alemanha revelou que, no final de 2022, os EUA e a zona do euro concentravam mais da metade do capital social alemão na indústria transformadora, com um crescimento acentuado nos estoques de investimento direto estrangeiro (IED) em setores intensivos em energia nos EUA entre 2020 e 2022. Essa mudança pode ser vista como uma estratégia das empresas para mitigar os custos elevados de produção na Alemanha.
Embora a China tenha visto um aumento no investimento direto alemão durante o mesmo período, o Bundesbank observou que esse crescimento é parcialmente decorrente de lucros reinvestidos, com novos recursos destinados ao país asiático diminuindo. Além disso, há indícios de que parte do capital alemão tem sido retirada da China, refletindo um cenário de reinvestimento cauteloso. O banco central enfatizou que esses fatores mascararam a redução de novos investimentos, que pode ser uma preocupação para as empresas que operam na região.
Por fim, a Alemanha enfrenta uma concorrência intensa com outras nações industriais na atração de IED. Apesar de sua importância no cenário europeu, a França e a Espanha têm se mostrado mais eficazes na captação de investimentos estrangeiros dentro da zona do euro. O Bundesbank sugere que a dinâmica dos investimentos pode mudar, dependendo das condições econômicas globais e das políticas industriais adotadas por cada país.