Especialistas apontam que a desigualdade social e a violência urbana agravam a situação do bullying nas escolas, embora o aumento das denúncias possa ser atribuído a uma maior conscientização da população. A Costa Rica se destaca como o país com o maior índice de bullying no mundo, segundo dados de 2022 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), com 44% dos estudantes relatando ter sofrido agressões. Os efeitos negativos do bullying são preocupantes, incluindo problemas de saúde mental como depressão e crises de confiança entre os jovens.
Além da Costa Rica, outros países latino-americanos figuram entre os 20 com mais relatos de bullying, com a Colômbia ocupando a 11ª posição (23% dos casos), e Brasil, Peru e Chile empatados na 16ª a 18ª posições, cada um com 20%. Essa situação gera questionamentos sobre as causas do aumento do bullying nas escolas da região, com especialistas sugerindo que a desigualdade social, a violência crônica em algumas cidades e a falta de recursos contribuem para esse fenômeno.
As autoridades enfatizam que, apesar dos altos índices, o aumento nas denúncias pode ser visto como um sinal positivo de conscientização e de esforços das escolas para combater a violência. A necessidade de abordar as raízes do problema é evidente, já que os efeitos do bullying podem ter repercussões duradouras na vida dos jovens, ressaltando a importância de políticas públicas eficazes e de um ambiente escolar seguro e acolhedor.