O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa Neto, expressou preocupação com a performance da Enel durante o recente apagão em São Paulo, que se mostrou mais lenta em restabelecer o serviço em comparação a um evento semelhante no ano passado. Enquanto, no incidente anterior, a empresa conseguiu restabelecer 60% do fornecimento em 24 horas, desta vez esse marco foi alcançado em 42 horas. O diretor-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp), Tiago Mesquita, destacou que a comparação é válida devido ao impacto similar em ambas as situações, que afetaram mais de dois milhões de pessoas na Grande São Paulo.
Em resposta às críticas e buscando melhorar seu desempenho, a Enel anunciou um aumento significativo nos investimentos na rede de distribuição, que chegarão a R$ 2 bilhões anuais nos próximos dois anos. Essa quantia será direcionada para a modernização tecnológica da rede elétrica, visando minimizar a necessidade de intervenções no campo para restabelecer o serviço e melhorar a detecção de falhas. O presidente da Enel, Guilherme Lencastre, também mencionou a importância de gastos com podas de árvores, destacando a relevância dessas ações para prevenir danos à infraestrutura elétrica.
Além dos esforços para a modernização, Lencastre alertou sobre a necessidade de preparar o sistema elétrico para eventos climáticos severos, como furacões, que podem se tornar mais frequentes no Brasil. Ele enfatizou a importância de integrar a infraestrutura existente de outras empresas para fortalecer a resiliência do setor elétrico. O compromisso com investimentos e melhorias operacionais reflete a intenção da Enel de atender melhor a demanda e restaurar a confiança dos consumidores em seu serviço.