O recente ataque de 200 mísseis contra Israel, atribuído ao Irã, intensificou as tensões entre os dois países, levando a especulações sobre uma possível resposta militar de Israel às instalações nucleares iranianas. A situação é complexa, com os Estados Unidos participando da coordenação da resposta israelense. O presidente Biden, no entanto, manifestou que não apoiará um ataque israelense a locais ligados ao programa nuclear do Irã.
O programa nuclear iraniano está distribuído por diversas instalações, sendo que Natanz e Fordow são os principais locais de enriquecimento de urânio. Ambas as instalações possuem características de segurança que as tornam menos vulneráveis a ataques aéreos. A capacidade do Irã de enriquecer urânio a até 60% de pureza físsil gera preocupações sobre seu potencial para desenvolver armas nucleares, embora o país negue a existência de um programa de armas nucleares.
Além das instalações de enriquecimento, o Irã possui outras infraestruturas nucleares significativas, incluindo centros de pesquisa e uma usina em operação que utiliza combustível russo. A história do programa nuclear iraniano é marcada por tensões diplomáticas e acordos, como o pacto de 2015, que restringiu suas atividades em troca de alívio de sanções, mas que se desintegrou após a retirada dos EUA em 2018. A possibilidade de um novo ataque israelense e suas consequências continuam sendo uma preocupação para a comunidade internacional.