Em setembro de 2024, os juros médios das operações com cartão de crédito rotativo alcançaram 438,4% ao ano, marcando o maior índice desde dezembro de 2023, mesmo com a limitação da dívida imposta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Essa elevação nas taxas de juros se deu em um contexto de aumento da taxa Selic, que subiu para 10,75% ao ano. A regra que limita a dívida dos clientes a 100% do valor original do débito visa proteger os consumidores, mas ainda assim, a taxa do crédito rotativo continua sendo a mais alta do mercado financeiro.
Além do cartão de crédito, o cheque especial também apresentou uma alta nas taxas, passando de 132,9% para 137,1% ao ano em setembro. Embora os bancos estejam enfrentando pressões para justificar essas elevações, a inadimplência nas operações de crédito permaneceu estável em 3,2%, com as pessoas físicas registrando uma taxa de 3,8%. Esses números indicam um cenário de endividamento persistente entre os consumidores, evidenciando a necessidade de estratégias para manejo mais eficiente das dívidas.
O volume total de crédito bancário cresceu 1,2% em setembro, alcançando R$ 6,2 trilhões, refletindo um aumento tanto no crédito às empresas quanto às famílias. O crédito pessoal e o financiamento de veículos foram as categorias que se destacaram, mas as taxas de juros continuam elevadas, o que pode dificultar ainda mais a situação financeira dos consumidores. Diante desse panorama, analistas recomendam cautela na utilização do crédito rotativo, sugerindo que os clientes priorizem o pagamento total das faturas mensais para evitar o acúmulo de dívidas.