A partir do dia 22 de outubro, as indústrias de Goiás enfrentarão um novo desafio relacionado à competitividade, após a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o reajuste das tarifas de energia. O aumento, que será de 5,02% para consumidores de baixa tensão e de 2,23% para consumidores de alta tensão, representa uma preocupação significativa para as empresas, especialmente em um cenário onde, entre 2018 e 2024, as tarifas acumularam mais de 50% de aumento.
Esse cenário de tarifas em alta afeta diretamente a competitividade das indústrias locais, forçando-as a cortar custos e comprometendo investimentos essenciais em inovação e crescimento. O setor eletrointensivo, que é altamente dependente de energia elétrica, é o mais impactado, enfrentando dificuldades para planejar a longo prazo devido à imprevisibilidade das tarifas. Segundo Célio Eustáquio de Moura, presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da Fieg, esse fator representa um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas do setor.
Um relatório do Coinfra-Fieg indica que o aumento das tarifas pode reduzir as margens de lucro das indústrias e, em situações extremas, levar ao fechamento de fábricas. A energia elétrica, que representa entre 15% e 30% dos custos operacionais das indústrias, torna-as vulneráveis a variações tarifárias. O estudo ressalta a importância do setor industrial na economia de Goiás, destacando que a continuidade das operações industriais depende da estabilização das tarifas de energia elétrica, um desafio crucial em uma economia que ainda depende de fontes energéticas tradicionais.