Entre janeiro e setembro de 2024, o Brasil registrou um gasto de US$ 196 bilhões em importações, superando a marca de R$ 1 trilhão. Esse valor representa um aumento de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento das importações é impulsionado pelo aquecimento da economia, caracterizado pela redução do desemprego e pelo aumento da renda dos trabalhadores, fatores que têm favorecido a indústria nacional, que opera atualmente a 83,4% de sua capacidade produtiva.
O aumento nas importações está atrelado ao processo de modernização das empresas brasileiras, que têm buscado adquirir insumos, máquinas e equipamentos do exterior para expandir sua produção. Um exemplo é uma fábrica de pães congelados em Caieiras, que, diante da alta demanda, decidiu investir em uma nova máquina, proveniente da Itália, que deverá dobrar sua capacidade produtiva até fevereiro de 2025. Esse investimento é um reflexo da necessidade do setor industrial de se adaptar e crescer para atender aos pedidos do mercado.
Entretanto, economistas alertam para os riscos associados ao aumento das importações. A maior demanda por insumos pode resultar em uma maior necessidade de dólares, o que pode provocar a alta da moeda americana e impactar a economia nacional, potencialmente gerando inflação. Dessa forma, é essencial que esse crescimento nas importações seja planejado cuidadosamente para garantir um desenvolvimento sustentável e evitar flutuações indesejadas na economia.