O Procon Goiás expressa preocupação com o crescimento acelerado do mercado de apostas e jogos on-line no Brasil, que tem contribuído para um aumento significativo no endividamento da população. Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito, os consumidores movimentam aproximadamente R$ 6 bilhões mensalmente nesse setor. O superintendente do Procon, Marco Palmerston, alerta que a popularidade dessas plataformas está associada a problemas financeiros, com muitos atraídos pela promessa de ganhos rápidos, ignorando os riscos reais envolvidos.
Para prevenir o endividamento, o Procon Goiás recomenda estabelecer um limite claro para os gastos em apostas. Idealmente, a orientação é evitar jogos para não entrar em um ciclo vicioso de tentativas de recuperar perdas. Caso o consumidor opte por jogar, o valor destinado deve ser retirado do orçamento de lazer, evitando comprometer recursos essenciais como alimentação e aluguel. Para aqueles que já enfrentam dívidas, é crucial mapear todas as obrigações financeiras, priorizando aquelas com juros mais altos, e renegociar condições com credores.
Além das questões financeiras, o coordenador do Núcleo de Apoio aos Superendividados do Procon destaca os riscos de dependência psicológica associados aos jogos, que podem resultar em problemas familiares e sociais. Ele enfatiza que a maneira agressiva como as empresas atraem consumidores, a falta de clareza nas regras dos jogos e a escassez de canais de atendimento podem configurar práticas abusivas, levando a possíveis autuações por parte dos órgãos de defesa do consumidor. Atualmente, 89 empresas estão autorizadas a operar neste segmento, totalizando 193 plataformas de apostas.