O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, reafirmou, em evento realizado em Washington, que a função de reação da autoridade monetária permanece a mesma utilizada durante o último ciclo de cortes da taxa Selic. No entanto, ele destacou que o Banco Central optou por não fornecer diretrizes específicas durante o processo de aumento dos juros, que começou em setembro, quando a Selic foi elevada de 10,5% para 10,75%.
Durante sua apresentação, Guillen enfatizou a importância de alcançar a meta de inflação de 3%. Ele detalhou os fatores que motivaram a retomada do ciclo de aperto monetário, como a resiliência da atividade econômica, as pressões no mercado de trabalho e um hiato do produto positivo. Além disso, mencionou o aumento nas projeções de inflação e a desancoragem das expectativas como razões que influenciam essa decisão.
A posição do Banco Central reflete um compromisso sólido com a estabilidade econômica, buscando controlar a inflação em um cenário de incertezas. A atuação da autoridade monetária será observada de perto, principalmente em meio às discussões que ocorrem paralelamente nas reuniões do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.