Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam que 775 municípios brasileiros não elegeram nenhuma mulher para o cargo de vereadora nas eleições municipais de 2024, representando cerca de 14% das cidades do país. Embora essa situação tenha melhorado em relação a 2020, quando 929 municípios não tiveram representação feminina, a participação feminina nas Câmaras Municipais ainda é considerada baixa. O estado de Minas Gerais lidera o número de vereadoras eleitas, com 1,3 mil mulheres, seguido por São Paulo com 1,2 mil. Roraima, por sua vez, possui o menor índice, com apenas 40 mulheres ocupando cadeiras.
O avanço da representatividade feminina é notável em algumas cidades. Cuiabá, por exemplo, aumentou sua participação feminina de 8% para 30%. Em São Paulo, 36% das cadeiras na câmara municipal serão ocupadas por mulheres, destacando-se candidatas que foram as mais votadas. Além disso, outras cidades como Fortaleza também apresentaram mulheres em posições de destaque. Apesar desse crescimento, ainda existem 78 cidades em São Paulo sem nenhuma mulher na câmara municipal.
Em termos de liderança, o percentual de prefeituras comandadas por mulheres subiu de 12,07% para 13,23% após o primeiro turno, com sete mulheres se preparando para concorrer nas capitais no segundo turno. A diretora do Instituto Alziras, Tauá Pires, enfatizou que, embora haja um aumento no número de vereadoras, a representatividade feminina continua aquém do ideal, o que aponta para a necessidade de avanços adicionais nesse aspecto.