Pesquisadores de instituições da Europa, Ásia e Estados Unidos revelaram que o aquecimento global elevou em 10% a força dos ventos e em 20% o volume de chuvas do furacão Milton, que atingiu a Flórida em 9 de outubro. A análise do Imperial College, em Londres, indica que os danos causados pelo furacão podem ter sido o dobro do que seriam há 40 anos, quando as temperaturas globais eram mais baixas. Com ventos superiores a 250 km/h, Milton alcançou a categoria cinco, a mais alta na escala de intensidade de furacões, resultando na morte de pelo menos 17 pessoas e na evacuação de mais de 6 milhões de moradores.
Os especialistas alertam que a incidência de furacões mais poderosos deve aumentar devido ao aquecimento global e ao aquecimento das águas oceânicas. A formação dos furacões se dá a partir de ciclones tropicais, um processo natural que envolve a evaporação da água do mar. Quando a temperatura do oceano sobe, mais vapor é gerado, reduzindo a pressão atmosférica e acelerando a circulação do ar, o que contribui para a intensificação dos ventos e a formação do núcleo do furacão.
Além do furacão Milton, outro evento climático significativo foi o furacão Helene, que afetou seis estados americanos e causou mais de 200 mortes. Os pesquisadores ressaltam que, com a continuação das mudanças climáticas, fenômenos como esses se tornarão cada vez mais frequentes e intensos, evidenciando a necessidade urgente de ações para mitigar os efeitos do aquecimento global.