Os incêndios florestais na Amazônia brasileira atingiram níveis alarmantes em setembro, com o maior número de focos registrado para este mês em quase 15 anos, segundo dados preliminares do governo. Um total de 41.463 focos de incêndio foi detectado, refletindo uma tendência de queimadas intensificadas, que se intensificaram ao longo do ano devido a uma seca prolongada associada à mudança climática. Os primeiros nove meses de 2024 também apresentaram as maiores queimadas desde 2007, evidenciando uma situação crítica para a floresta e o clima da região.
Além dos incêndios, a escassez de água nos rios da bacia amazônica gerou preocupações adicionais, com as margens secas e visíveis de grandes extensões de terra. O estado do Pará foi particularmente afetado, registrando o maior número de incêndios para setembro desde 2007. Essa situação se torna ainda mais preocupante, pois o Pará será o anfitrião da COP30, cúpula da ONU sobre mudanças climáticas, no próximo ano, enfatizando a necessidade urgente de ações para combater a degradação ambiental.
As queimadas, frequentemente provocadas por atividades humanas para desmatamento e limpeza de terras, têm gerado críticas de autoridades governamentais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descreveu essas ações como criminosas, e a Polícia Federal anunciou que está intensificando seus esforços para combater os crimes ambientais na região. Dados indicam que, de janeiro a agosto de 2024, 62.268 quilômetros quadrados da Amazônia foram devastados, um cenário que destaca a necessidade de uma resposta eficaz para proteger a maior floresta tropical do mundo.