O ex-deputado federal permaneceu em silêncio durante uma audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) onde é investigado por incitação à prática de crimes, atentados contra o exercício dos poderes e outras acusações graves. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia em que o ex-parlamentar teria incitado a população a invadir o Senado e a realizar ataques a senadores, além de ameaçar o prédio do Tribunal Superior Eleitoral. Outras acusações incluem calúnia e homofobia, particularmente relacionadas a declarações feitas sobre a comunidade LGBTQIA+.
O relator do caso, um dos ministros do STF, destacou que, após a denúncia, o ex-deputado fez ofensas à honra de outro ministro da Corte, o que evidencia a gravidade de suas condutas. Essa situação está conectada a investigações mais amplas sobre os eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, implicando também pessoas com prerrogativa de foro. O entendimento de que as ações do ex-parlamentar têm relação com essas investigações foi respaldado pela PGR.
Desde outubro de 2022, o ex-deputado se encontra preso após ter disparado contra policiais federais que cumpriam um mandado de prisão contra ele. Em uma decisão anterior, o relator autorizou sua transferência para um hospital no Rio de Janeiro para tratamento de saúde, mas ele continua enfrentando processos por tentativa de homicídio, além das acusações mais recentes. A audiência ocorre em meio a um contexto de tensão política e investigações que abrangem diferentes esferas do governo e da Justiça.