O governo federal atualizou a lista suja, que revela os empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, incluindo 176 novas inscrições. A lista agora conta com 727 nomes, sendo que 20 deles se referem a práticas no âmbito doméstico. Entre as atividades com maior número de inclusões estão a produção de carvão vegetal e a criação de bovinos. A atualização também resultou na exclusão de 85 empregadores que cumpriram o prazo de dois anos no cadastro.
A inclusão de novos nomes na lista se baseia em fiscalizações realizadas pelo Ministério do Trabalho, onde foram identificadas condições degradantes de trabalho, incluindo a presença de adolescentes. Empregadores podem ser removidos da lista se firmarem um termo de ajustamento de conduta, comprometendo-se a indenizar as vítimas e a investir em programas de assistência. A iniciativa da lista suja visa dar visibilidade aos esforços do governo no combate ao trabalho escravo.
Desde sua criação em 2004, a lista suja enfrentou desafios políticos, mas a divulgação das informações foi reafirmada pelo Supremo Tribunal Federal. Denúncias sobre trabalho análogo à escravidão podem ser feitas através do Sistema Ipê, enquanto auditores-fiscais do trabalho realizam constantemente ações para identificar e combater essa prática no país. A transparência e a responsabilização dos empregadores são fundamentais para a efetividade das políticas de combate ao trabalho escravo.