A Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP 16) teve início em Cali, na Colômbia, e se estenderá até o dia 31 de outubro. O evento, que traz o tema “Paz com a Natureza”, é um espaço importante para discutir e propor soluções sustentáveis para os desafios ambientais enfrentados pelo planeta. O ativista Wuriu Manchineri, vice-diretor da Manxinerune Tsihi Pukte Hajene, representa a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e destaca a nova dinâmica que permite a participação ativa dos povos indígenas nas discussões, reconhecendo-os como propositores e não apenas ouvintes.
Wuriu Manchineri, de 28 anos, está utilizando sua participação na conferência para enfatizar a importância das políticas indígenas que garantam direitos e a segurança jurídica dos territórios. Ele tem como objetivo promover a conservação da biodiversidade por meio da demarcação de terras indígenas e a necessidade de estratégias eficazes contra as crises de biodiversidade e climática. O ativista expressou sua gratidão pela oportunidade de contribuir para essas discussões e sua esperança de que as vozes indígenas sejam cada vez mais ouvidas em fóruns internacionais.
Durante a COP 16, o Brasil desempenhará um papel significativo nas negociações sobre o Marco Global de Biodiversidade Kunming-Montreal, que estabelece 23 metas para 2030 com o intuito de reverter a perda de biodiversidade. As metas incluem a proteção de 30% do planeta e dos ecossistemas degradados até 2030, além de propostas para aumentar o financiamento a países em desenvolvimento. Este marco reflete a ambição do Brasil em se firmar como um líder em biodiversidade e desenvolvimento sustentável.