No domingo, um ataque de drone do Hezbollah a uma base do exército israelense resultou na morte de quatro soldados e ferimentos em mais de 60 pessoas, segundo informações de socorristas e militares. O ataque, ocorrido em Binyamina, uma cidade ao norte de Tel Aviv, foi um dos mais sangrentos desde o início do conflito em outubro passado. Os soldados mortos, todos com 19 anos, estavam em treinamento de infantaria. As Forças de Defesa de Israel (FDI) relataram que o veículo aéreo não tripulado conseguiu penetrar profundamente em território israelense sem ser detectado, levantando questões sobre a eficácia dos sistemas de defesa aérea.
O Hezbollah reivindicou a responsabilidade pelo ataque, alegando que era uma resposta a ações israelenses mortais no Líbano. O grupo militante afirmou que disparou um enxame de drones para atingir a Brigada Golani, uma unidade de elite das FDI, enquanto também lançava foguetes contra cidades israelenses. Apesar da intensidade do ataque, não houve alertas de defesa na área no momento do incidente, o que gerou preocupações sobre a segurança das instalações militares.
A escalada de tensões segue uma operação terrestre israelense no sul do Líbano, que já resultou em mais de 1.500 mortos e 8.000 feridos no Líbano desde o início da campanha contra o Hezbollah. As FDI têm mobilizado unidades e intensificado bombardeios na região, enquanto o ministro da Defesa de Israel declarou que o país não permitirá que o Hezbollah retorne às áreas fronteiriças após a retirada das tropas. O incidente destaca a crescente ameaça representada pelo uso de drones de longo alcance no conflito em curso.